quarta-feira, 22 de julho de 2020

Vermelho e verde, as cores da política radical brasileira


Dois jovens estudantes se encontram na sala de aula de uma universidade no curso de medicina, o mais disputado da vasta lista ultrapassada do cardápio do ensino superior. O o colega pergunta: “Você é verde ou vermelho?” Resposta: “Sou vermelho, a cor de quem luta, batalha para sobreviver e quer um país igual!”. “Tranquilo”, o outro retruca, “o caminho é o verde, da família, da pátria, do Exército, da direita!” O bate-boca termina em tapas e socos. Os fanáticos de direita estão emergindo. Os de esquerda, os vermelhos são antigões. A cor vermelha nas bandeiras é usada como símbolo de luta há séculos. O verde surgiu no Brasil a partir da tentativa dos militares de chegar ao poder pelo voto, o que nunca ocorreu. Com a chegada do Capitão Bolsonaro, o verde realçou evidência. Bolsonaro é um militar no poder, apesar do Exército não o apoiar integralmente, mas a direita, sim. Quem odeia a esquerda encontrou no presidente uma muleta para apoiar sua ideologia.
 
O vermelho da bandeira é uma cor associada ao desafio e, também, símbolo de sangue vertido numa luta histórica. A bandeira vermelha, assim como a cor, ainda significa a cor da luta em diversas áreas da sociedade: sindicatos, organizações sociais, movimento de trabalhadores sem terra, movimento de sem teto, assim como outros movimentos que se identificam à esquerda do espectro político.
Desde meados do século XV, a vermelha é conhecida como a "bandeira de desafio". Foi hasteada em cidades e castelos sob ataque, para indicar que não haveria rendição. Dando por oposição à bandeira branca.

A política brasileira voltou no tempo, saiu do diálogo e está entre tapas e beijos. Não consegue avançar, sair do campo de batalha e exercer o papel de construir o bem comum. Ainda bem que a bandeira branca está na maioria da população. 

Carlos Drummond de Andrade, pensador de uma geração e genial poeta , escreveu que a eleição é a tentativa de consertar o voto e que temos que insistir, mesmo errando. Assim, se comporta a sociedade.

O Rio de Janeiro, terreiro da intelectualidade, da esquerda caviar e da direita Veuve Clicquot, é terra arrasada. O eleitor carioca já colocou no poder militar, pastor, juiz, professor, político profissional, médico, advogado e semi-analfabeto, mas nenhum conseguiu êxito. O paraíso do samba faliu moral e financeiramente. Cinco governadores beijaram o chão frio da penitenciária. Vergonhoso. O Rio de Janeiro é o berço não só do samba mas, também, do verde e do vermelho.

Apontar a saída para o Brasil é o único caminho que resta aos que se apegam  à bandeira branca. Só existe uma saída: a educação. Na China e no Japão, foi assim. Nos Estados Unidos, também. Singapura saiu do último lugar, de país analfabeto e corrupto para a Nação asiática mais prospera, por meio da educação. Temos outros exemplos no Mundo. O Brasil precisa se libertar da velha política, dos péssimos costumes e se apegar aos ensinamentos, que vemos todos os dias nas outras nações. 

O Ceará, em Sobral, mostrou como a educação muda as pessoas. Em Fortaleza, a Casa da Vovó Dedé, na Barra do Ceará,  mandou para a Europa os dois melhores pianistas do Mundo e está exportando o terceiro, um jovem de 17 anos, que perdeu os pais e morava na rua.