terça-feira, 21 de julho de 2020

Delfim Netto revela bastidores da fracassada chapa Ciro-Haddad em 2018: 'PT não teve a grandeza de ser o segundo na chapa'


No texto de abertura do programa de segunda, 20/7, Pedro Bial definiu o entrevistado como uma “'instituição', com 70 anos de vida pública”. Aos 92, Antônio Delfim Netto, professor universitário e economista formado pela USP, ainda é um personagem relevante na política brasileira.

Se Lula não tomava decisão econômica sem consultá-lo em seus mandatos como presidente, na formação da chapa de 2018, inicialmente formada por Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT), ele conta que também teve participação: “Lula tinha organizado Ciro como presidente e Haddad como vice. Os dois foram ao meu escritório, [o jornalista] Mario Sergio Conti é testemunha. O objetivo era formular um programa de desenvolvimento do Brasil para sair da situação complicada em que se encontrava.”

Para Delfim, a desistência do PT foi decisiva para a vitória de Bolsonaro. Na opinião do ex-ministro, atacar Ciro seria mais difícil e teria menos credibilidade, já que o pedetista passou incólume pela Lava Jato.

“Se não tivessem traído o Ciro, ele teria sido eleito. PT não teve a grandeza de ser o segundo na chapa.”