quarta-feira, 1 de julho de 2020

A pandemia não está deixando lições aos brasileiros


A pandemia do coronavírus começou com tanta força que nos tornou iguais. O vírus não escolhe classe social, cor, religião ou diferencia torcida. Massacra.

Surgiu a tese na qual o mundo sairia diferente, após a pandemia. Não aconteceu. O mundo piorou. A mudança foi acrescentar um utensílio a mais: a máscara.

Ficou claro na pandemia que o trabalhador privado saiu perdendo. A pandemia lhe custou o emprego, se ambulante lhe tirou o pequeno ganho diário e se for autônomo como um cantor, humorista ou músico está ferrado. A realidade é que empresas quebraram ou estão quebrando e o emprego sumiu. Quem sobreviveu perdeu parte do salário.

Na outra ponta, o servidor público não foi afetado. Em casa, ficou com estabilidade no emprego e salário sem redução. O conforto do lar, no sítio ou casa de praia, aguardando o depósito do salário do mês na gorda conta bancária. Nada contra, mas o olhar do estado em tempos de pandemia era para proteger o emprego.

As grandes empresas poderiam ter feito seu papel de parar a produção e manter a folha de pagamento, com apoio do poder público.

O Brasil vai sair da pandemia com mais de 50 milhões de miseráveis produzidos pelo poder público e pelas grandes empresas.

A lição do novo normal será apenas a desconfiança sobre se o vizinho está contaminado não só pelo vírus, mas também pelo grau de pobreza.