O ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) carta de demissão do cargo nesta terça-feira (30). Ainda não há confirmação se o Planalto acatou o pedido do ministro. As informações são do portal G1.
Decotelli deixa o cargo antes mesmo de ser formalmente empossado em cerimônia, como manda o rito do Governo Federal. A cerimônia de posse marcada para esta segunda-feira (29) foi suspensa após as polêmicas envolvendo o currículo do ministro virem à tona. Ele ficou apenas cinco dias no cargo.
As informações de bastidores dão conta de que o governo vê como insustentável a permanência de Decotelli dentro do Ministério da Educação. O secretário de educação do Paraná, Renato Feder, ganha força para suceder o agora ex-ministro. Ele era o mais cotado para a vaga, mas afinidades com o governador de São Paulo, João Doria, desafeto de Bolsonaro o tiraram da disputa.
Anderson Correia, atual reitor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), também é outro nome muito forte para assumir o posto. O problema se iniciou quando o reitor da Universidade de Rosário (Argentina), Franco Bartolacci veio a público dizer que Decotelli não concluiu doutorado na instituição, desmentido as informações no currículo Lattes do ministro.
Em seguida foi descoberto que sua dissertação de mestrado na Fundação Getúlio Vargas (FGV) contém trechos inteiros iguais a outros documentos, levantando a hipótese de plágio que está em investigação pela entidade. E universidade alemã onde Decotelli afirmou ter feito pós-doutorado também negou que o ministro tenha obtido a qualificação alegada por ele em seu currículo.