segunda-feira, 29 de junho de 2020

Câmara Federal não está convencida sobre adiamento da eleição


O projeto que foi aprovado pelo Senado Federal, adiando a eleição municipal, não tem a unanimidade ou maioria na Câmara dos Deputados. Pelo projeto, a eleição passa do dia 4 de outubro para 15 de novembro. 

O adiamento da eleição entra na pauta de discussão para votação, nesta semana, nas comissões e deve resultar em debates acalorados. Os parlamentares querem colocar seus interesses na proposta, muitos são candidatos e outros contam dias para derrotar adversários e reeleger aliados. 

A manobra política na Câmara tem uma explicação: o Senado adiou por pouco tempo a eleição, apenas 35 dias, e na leitura dos deputados nada foi alterado, ao se avaliar o poderoso efeito da pandemia. 

Os líderes partidários acreditam que o eleitor já está com o dia da eleição na sua mente e envolvido com o processo eleitoral. Isso já anima o pleito e a vida das comunidades.

Habilidoso, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está esperando o momento exato para atuar e referendar o que foi aprovado no Senado Federal. "Não podemos deixar de ouvir o veredito da ciência, dos médicos e dos deputados e buscar o consenso", pontuou Maia, criando uma expectativa de manutenção da nova data definida pelo Senado. Apesar de que ele tenha a difícil missão de convencer líderes partidários que pensam diferente.