Na semana passada, ao anunciar o fim do lockdown em Fortaleza, o governador Camilo Santana (PT) afirmou que recomendaria a medida para municípios do interior. Na Assembleia Legislativa, a ideia encontrou apoio.
“Têm-se a expectativa de algumas medidas mais rígidas em alguns municípios. É claro que tudo depende de cada gestor municipal,” declarou Marcos Sobreira (PDT). O parlamentar lamentou no entanto, o fato de Iguatu, seu município, não ter criado nenhum comitê para discutir a pandemia, nem o retorno das atividades econômicas. “A Prefeitura não comprou nenhum teste. Sequer houve testagem dos profissionais da linha de frente do enfrentamento da pandemia e não fez nenhum tipo de planejamento”.
Casos extremos
O líder do governo na Casa, Julio César (PDT), comemorou o fato de Fortaleza haver conseguido reduzir a multiplicação de casos. “É muito importante, no entanto, seguir o protocolo divulgado pelo governo estadual, de forma responsável.
Não podemos nos descuidar.” Ele acrescentou que os municípios que estão com dificuldade de manter o controle da doença devem seguir rigorosamente as recomendações do governador, que inclusive se comprometeu em dar todo o apoio logístico aos gestores.
“Esse pedido do governador vem embasado em um estudo científico, um estudo que os profissionais de saúde do Estado estão acompanhando. Há municípios que precisam de medidas mais rígidas para conseguir impedir a disseminação rápida do vírus”, explicou o deputado Osmar Baquit (PDT).
Audic Mota (PSB) explica que uma autoridade pública responsável somente indicaria a adoção de rígidas medidas sanitárias ao identificar a gravidade de situações extremas. O parlamentar destacou, no entanto, que as circunstâncias do interior do Estado são diversas e ainda preocupam, pois a doença pode avançar em várias regiões e municípios.
Sérgio Aguiar (PDT) é otimista. “Eu acredito que no Ceará, o pior já passou”, diz, muito embora reconheça que a grande preocupação agora é com o interior do Estado. “O lockdown será necessário para muitas cidades, principalmente na macro Região Norte, na parte do litoral”.
(O Otimista)