sexta-feira, 22 de maio de 2020

Um “novo Bolsonaro”?


"Não há mal nenhum em mudar de opinião. Contanto, que seja para melhor". A frase é do maior líder político da Inglaterra em tempos de guerra, Winston Churchill, um homem que tinha que tomar decisões em segundos, durante a Segunda Guerra Mundial. Bolsonaro deu demonstração de tolerância em sua reunião com governadores. É preciso saber se assimilou o desgaste ou engoliu quadrado o encontro. Parecia real sua intenção de harmonizar. Todos esperamos o bom senso para salvar vidas, a economia, o país. O presidente do Brasil precisa conviver com as diferenças, sejam ideológicas, administrativas, na forma de ver o mundo, de decidir. Somos diferentes. A política é o encontro de ideias e o debate constante, para encontrar caminhos de convivência.

O homenageado escritor brasileiro e um dos maiores nomes da literatura no planeta, Paulo Coelho, escreveu “O Alquimista” e “O Monte Cinco”, os dois livros mais vendidos no mundo. Polêmico e esquisito, ele diz: "Nossa vida é uma constante viagem, do nascimento à morte. A paisagem muda, as pessoas mudam, as necessidades se transformam, mas o trem segue adiante. A vida é o trem, não a estação". Coelho, também, faz um alerta: “Por que ser contra a tudo se você pode se unir e caminhar junto?”

A coordenação do combate ao
coronavírus deve ser do Ministério da Saúde, unindo Estados e municípios, com todos falando a mesma mensagem. Salvar vidas, aplicar melhor o dinheiro público e manter o nível de emprego, com menos fome, devem ser as metas.

Não se pode julgar e condenar um povo à morte, baseando-se em entendimento e protocolo pessoal. O homem público precisa ver, ouvir, se informar, dividir, com aliados, amigos e eleitores, sua vontade de acertar. Paulo Coelho é do tipo que você ama ou odeia. Felizmente, é só um escritor. Se fosse um governante, ele escolheria a opção "me ame".