sexta-feira, 29 de maio de 2020

Procurador Geral de Justiça do Ceará precisa interditar promotores de Santa Quitéria


Em Santa Quitéria funciona uma base do Ministério Público do Ceará, que atende municípios  vizinhos. A cidade é sede de bancos e órgãos públicos. Está situada em uma áreas de mais difícil sobrevivência do semiárido .

Maior município do Ceará em extensão, Santa Quitéria tem cerca de 47 mil habitantes. Mais da metade da população vive na sede, que recebe centenas de pessoas, moradoras de cidades vizinhas. Elas circulam, principalmente, para atendimento junto aos bancos e abastecimento no comércio. 

O prefeito Tomás Figueiredo, com esforço da sua equipe e apoio da população, tem mantido baixos os índices de óbitos por coronavírus. Até agora, foram registradas seis mortes. O crescimento no número de casos preocupa. Já são 61 confirmados. 

Tomás Figueiredo promoveu o isolamento rígido, com as pessoas se mantendo em casa, desde o último sábado, 25. Pelo decreto, a circulação em todo o território municipal foi restringida aos que prestam serviços essenciais e ao atendimento dos casos de urgência, com comprovação. 

Pois bem. O promotor de Justiça, Derick Funck, é desafeto do prefeito porque apoiava e indicou familiares na gestão do ex-prefeito Fabiano Lobo, derrotado na campanha pela reeleição. 

Derick Funck não perdoa a população pela derrota e faz, abertamente, oposição ao atual prefeito. A promotora Marina Romagno é amiga de Derick e segue a mesma linha. Nas ruas, a população só fala dessa briga e a ironizam, informando que ela mora no Rio Grande do Sul, despachando apenas pela internet. 

Já o promotor Derick foi visto, pela última vez, antes do carnaval e, também, só despacha pela internet. 

Os promotores Derick Funck e Marina Romagno enviaram um comunicado ao prefeito, mandando cancelar o decreto. Cópias estão com a população e vereadores. 

O prefeito segue com sua decisão e o povo se diverte com a briga. Tomás Figueiredo gasta sua energia em se defender, mostrar seus atos em prol de salvar vidas. 

O procurador Geral de Justiça, Manuel Pinheiro Freitas, tem sido zeloso na condução do Ministério Público. Seus antecessores não resolveram esse tipo de desgaste. É natural haver brigas entre gestores e promotores sobre questões administrativas. 

Disputa política-partidária deveria estar fora da alçada do Ministério Público. Seus representantes têm que deixar o cargo e concorrer nas eleições. Ou, então, o conselho do MPCE definir logo o destino dos promotores. O que eles não podem é conviver com uma sociedade em conflito, por conta de desvio de função em véspera de disputa eleitoral. O blog está aberto para explicações.