O mundo tem, na sua história, registros de governos perversos, ineficientes, catastróficos. Reinados tiranos produziram depressão aos súditos e envergonharam o mundo. O Brasil virou chacota nacional, internacional e pauta para humoristas.
Na data em que o Brasil chora 10 mil mortos, o presidente passeia de jet ski, em Brasília, e comemora o prazer de ter enganado a todos os brasileiros com a fake news do churrasco anunciado e não realizado.
No outro dia, o ministro da Saúde, nomeado para não falar, quando abre a boca, é surpreendido, com a pergunta sobre o decreto presidencial, que libera salões de beleza, barbearias e academias. Ele disse que não sabia de nada. Demonstrando desconhecimento, gaguejando, revoltado por dentro, irado, engole a travessura feita pelo seu chefe, que resolveu não consultá-lo. É humilhado e gera mais humor.
O ministro prova ao Brasil que queria o cargo e não o trabalho. O ministro da Casa Civil renomeia assessor, na Secretaria da Cultura, quem tinha sido demitido por Regina Duarte, a recém-nomeada secretária e, em seguida, demite o recontratado. Ela anuncia que o presidente quer demití-la, momentos após conversas sobre novelas, o assunto é encerrado.
Os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro desdenham do presidente Bolsonaro. Os demais não levam a sério seu governo. Sérgio Moro tenta provar que o presidente mente. Bolsonaro o chama de "Judas". O Congresso Nacional aprova recursos para combater o coronavírus, enquanto muitas cidades não tem um só caso. O país está assim, um grande vazio .
O dado real do Brasil é a estatística de mortes do coronavírus e, na outra ponta, as exportações, que tornaram o país o único com saldo positivo na balança comercial, um dado que surpreendeu e mostra o país funcionando.
O circo político-administrativo estabelecido acionou a indústria do humor. Na internet, os brasileiros se divertem com as imitações, textos irônicos e piadas prontas. Temos, pelos cálculos dos estatísticos, cerca de 120 milhões de pessoas em casa, isoladas. Mais de 100 milhões desconhecem o isolamento. Agora, todos têm algo em comum: acreditam que, no Brasil, não tem nada sério. Lamentável