domingo, 17 de maio de 2020

Coronavírus chega ao interior do Brasil. Pode ser catastrófico, se governantes e população não colaborarem

O Brasil tem 5.570 municípios, uma demonstração do gigantismo da maior nação da América Latina e, também, a mais populosa.

As autoridades de saúde esperavam para junho a chegada forte do coronavírus às  cidades do interior, mas a previsão foi para o espaço. 

O vírus já chegou. Com intensidade e provocando mortes, em Quixadá, Quixeramobim, Crato, Iguatu e Juazeiro do Norte, Sobral, Tianguá, Itapipoca e Camocim. Morreram pessoas, também, em Limoeiro do Norte, Morada Nova, Crateús e Tauá. Em municípios menores, como Coreaú, o surto contaminou bairros inteiros.

O governador Camilo Santana ligou seu radar, a partir da movimentação de cearenses entre cidades. Se antecipou, mandou acelerar estruturas e equipar hospitais nos maiores municípios. 

Coube ao chefe da Casa Civil, Élcio Batista, e ao secretário de Saúde, Dr. Cabeto, dialogar com dirigentes de consórcios de saúde, empresários e prefeitos. Foram ampliadas as UTIs e criados mais leitos nos 184 municípios. “Todo dinheiro do caixa estadual está sendo destinado ao desafio de salvar vidas”, comentou Élcio Batista.

Excluindo os mil mortos em Fortaleza, os municípios da Região Metropolitana e do interior já respondem por 30% dos mortos, o que aponta para um grave surto dentro da pandemia.

Será de grande importância o engajamento da população do interior no isolamento social, com o uso de máscaras e a busca de postos de saúde e hospitais, em casos de sintomas. 

As pessoas devem evitar a politicagem, isolar os péssimos exemplos, como o demonstrado pelo presidente do Sindicato dos Médicos, Edmar Fernandes. Ao invés de escrever seu nome na história, na contramão, se posiciona contra seus colegas porque se tornou simpatizante da ultradireita, que defende o fim do isolamento, a morte de milhões. Tudo por defender a vaga política e econômica. Precisamos ter juízo.