Um acordo de cooperação fechado pelo Ministério Público Federal com a Suíça garantiu a repatriação de 27 pedras de diamantes e 4,5 kg de ouro que teriam sido adquiridos com dinheiro ilegal do esquema de corrupção comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.
Segundo peritos, o material é avaliado em mais de R$ 20 milhões. A existência e a localização dos diamantes e do ouro foram reveladas aos investigadores da Operação Lava Jato por colaboradores responsáveis pela ocultação de bens da organização criminosa, que firmaram acordo de colaboração premiada com o Ministério Público.
Esses delatores entregaram mais de US$ 100 milhões que pertenciam a Sérgio Cabral, mas que estavam em posse dos dois para que fossem ocultados no exterior.
Na terça-feira (3/3), procuradores do MPF embarcaram para Genebra onde receberam o material e retornaram ao Brasil. Por uma questão de segurança, a operação foi mantida em sigilo e contou com escolta policial até a entrega do material, que a partir desta sexta-feira (6) encontra-se custodiado em instituição bancária, à disposição da Justiça Federal.
A recuperação foi garantida a partir de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), por meio da Secretária de Cooperação Internacional (SCI) e da Força-Tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro.
O procedimento contou com o apoio da Polícia e da Receita Federal brasileiras, além do Ministério Público suíço e da embaixada italiana. Os objetos ficarão à disposição da Justiça.