quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Leônidas Cristino defende retomada do investimento em evento anual do Sistema Confea-CREA



O deputado Leônidas Cristino recebeu homenagem nesta quarta-feira (12), em Brasília, no 9º Encontro de Líderes do Sistema Confea-CREA e Mútua, pela contribuição prestada à engenharia nacional. Ao falar em nome dos senadores e deputados homenageados, como presidente da Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento Nacional, ele defendeu a retomada do investimento e cobrou planejamento para o país.

“Vamos lutar e defender o Brasil com lógica, engenharia e modernidade”, disse Leônidas Cristino após receber a homenagem do presidente do Confea, Joel Krüger. O deputado fez uma reflexão em relação ao Brasil que queremos e observou que ninguém sabe que projeto de país temos.

O parlamentar questionou o que se diz política nova por acrescentar apenas um verniz na realidade. “O novo só se faz com uma política comprometida com o futuro. E futuro só se faz com educação, ciência, tecnologia e inovação. O resto é conversa”, afirmou.

Leônidas Cristino cobrou o governo, “que tem que dar conta do serviço, tem de governar e botar o país nos trilhos, e não ficar botando a culpa em governo anterior ou no partido A, B ou na esquerda. O povo não quer saber disso, quer saber se a política vai transformar o Brasil para melhor”.

O deputado cearense disse que apontaram as reformas trabalhista e da previdência como solução para o Brasil, mas não mudou nada no país depois que foram aprovadas. Do mesmo modo foi apontada a venda das estatais, que também não resolverá o problema do país, disse Leônidas Cristino, ao criticar a intenção de vender a Eletrobras.

“País nenhum vende um sistema sofisticado, moderno que produz uma energia limpa. A Eletrobras representa a soberania, é um patrimônio nacional”, afirmou Leônidas Cristino. O deputado questionou se tem sentido vender a Eletrobras para estatais estrangeiras. “As estatais brasileiras não prestam?”, indagou.

O Brasil investiu mais de 5% do PIB em infraestrutura em 1983; a taxa caiu para 2,06% em 2018 e para 1,7% do PIB em 2019 - investimento público e privado - informou Leônidas Cristino. Segundo ele, se o governo não investe para balizar, o setor privado segue a tendência e se retrai.

“Se não reverter esse quadro, não vamos a lugar nenhum. O Brasil precisa tem um projeto de Nação”, alertou o deputado, que criticou a intenção do governo de vender a Eletrobras por R$ 20 bilhões, quando custou ao país R$ 400 bilhões. Ele também cobrou a conclusão das 14.400 obras inacabadas nas quais foram gastos R$ 60 bilhões e necessitam de R$ 40 bilhões para serem entregues, gerando 400 mil empregos.