Sou jornalista, contribuinte, sempre trabalhei na iniciativa privada, nunca em governos. Por conta da minha liberdade, meus posicionamentos, tive e tenho problemas com governadores, prefeitos, deputados e vereadores. Enfim, com homens públicos e gestores de entidades privadas que são mantidas com dinheiro do contribuinte como a FIEC, Fecomércio, Federação da Agricultura e Conselhos Regionais. Sempre escreverei verdades.
Tenho acompanhado nas redes sociais e na mídia o debate sobre o aumento dos salários dos policiais. A confusão é clara: estão usando politicamente os policiais militares, principalmente praças, cabos, sargentos e até tenentes. Pior: os policiais reformados que atuam na política são os agitadores. Tudo para conquistar votos. Pior imaginar que pretendem repetir um motim, que deixou Fortaleza sem policiais, população sendo humilhada por brandidos, e policiais enfrentando policiais na porta do palácio do governo, como se fosse praça de guerra. Esse cenário a sociedade não quer ver. É abominável.
Sobre o reajuste, o governador Camilo Santana prometeu e cumpriu todos os acordos. Criou uma equipe com representantes da PM, Polícia Civil, Pefoce, Seplag e Sefaz, determinou que visitassem todos os estados do Nordeste para deixar salários no mesmo patamar dos maiores da região. Assim, foi feito. Vi os números no Portal da Transparência. Os soldados cearenses, por exemplo, tem salários maiores que de toda tropa do Nordeste, se somadas todas as vantagens. Os ganhos são maiores para os que tem outras missões, fazem horas extras, apreendem armas, etc. Os soldados do Raio ganham 40% de gratificação de risco, outros batalhões, também, têm suas gratificações.
Não vou entrar em detalhes de números, cada soldado sabe a verdade, mas é necessário refletir, entender o que o governador explicou e, de forma humilde, expôs. O Ceará é o único Estado da Nação que está reajustando salários, promovendo policiais e que reduziu o desconto da previdência dos militares. No palanque político, não fica bem usar militares para se chegar ao poder, até porque estando lá, não poderão cumprir falsas promessas.