domingo, 19 de janeiro de 2020

Reitor da UFC, Cândido Albuquerque, publica texto “Explicação Necessária”, no Facebook, onde afirma ter pago todas as contas e conseguido R$ 30 milhões para concluir obras. Para ele, universidade “vive clima empolgante“  


“Durante a campanha para Reitor, tornei clara a intenção de assumir a Reitoria mesmo que não fosse o mais votado, mas seguindo as regras de um processo seletivo complexo, em que a legitimação para gerir a instituição se alcança não somente no âmbito interno da comunidade universitária, mas também perante toda a sociedade. Naquele momento, avisei que o objetivo era imprimir um novo e moderno ritmo administrativo à UFC, o que incluía planejar a Universidade e combater todo tipo de privilégio e ações de aparelhamento que representassem prejuízo às atividades essenciais (ensino, pesquisa, extensão)da UFC. Mostrei o absurdo que eram as dezenas de obras inacabadas e abandonadas, incluindo-se, nesta relação, o Campus de Itapajé, onde foram literalmente enterradas dezenas de milhões de reais, e está lá, fechado, sem água sequer. Alguém sabe quem foi o principal responsável por esse verdadeiro desatino administrativo? 
Pois bem! As minhas afirmações sempre foram vistas como uma ameaça por uma pequena parcela da comunidade, adormecida nos braços de privilégios inaceitáveis, incluindo a destinação de bolsas fora dos critérios legais. Aliás, os últimos quatro reitores eram vices, que sucederam, sem nenhum debate profundo, os titulares. (As conveniências, na sucessão, eram ideológicas.)
Estamos cumprindo o prometido! 
Terminamos o ano de 2019 com todos os compromissos financeiros pagos, e mais: apesar das restrições orçamentárias, investimos R$ 11,4 milhões em dezembro de 2019 e já asseguramos R$ 30 milhões para investir em 2020, com o que, se Deus permitir, vamos concluir as principais obras paralisadas! Acabamos com o comodismo afetado e fomos ao trabalho! 
Asseguramos a integralidade das bolsas estudantis para 2020, inclusive as do PACCE, onde as distorções e privilégios eram gritantes, mas impondo a disciplina legal própria do PNAES, e contemplamos os Campi de Russas e Crateús com o programa PET, o que era um sonho antigo! Ou seja, acabamos com a farra das bolsas. Implantamos o TaxiGov, primeiro do Estado do Ceará, com o que, além de eficiência e transparência, vamos combater privilégios e economizar em torno de R$ 1 milhão por ano! 
O descortinar desse novo tempo despertou, em parcela da comunidade acadêmica, a ira própria dos radicais, os quais, desalojados de vícios e privilégios antigos, incluindo-se aí gratificações pessoais usufruídas havia anos, lançaram-se, com fúria, contra o Reitor e as mudanças postas em movimento.
Nem mesmo a queda vertiginosa da UFC nos principais rankings internacionais, apesar das ilhas de excelência, serviu de alerta. O novo e empolgante clima que já se instalou na Universidade, guiado pelo discurso da busca da excelência acadêmica e dos resultados já apontados, ao invés de convencer os radicais, despertou neles a certeza de que velhos vícios e privilégios* não voltarão, o que alimentou o ódio! 
A face cruel desse embate entre a eficiência e o desmando restou desnuda nas solenidades de colação de grau: ABSOLUTO DESRESPEITO aos formandos e seus familiares! Qual a lógica de o sindicato impedir a festa maior da academia? O que esperavam como resultado prático, além de estampar no rosto dos pais a frustração causada pelo radicalismo do ato? 
Compreendemos a dor dos familiares e desejamos aos novos profissionais sucesso e muitas realizações. 
Por fim, mesmo carregando as marcas deixadas pela incompreensão de alguns, manteremos inabalável o propósito de modernizar a nossa UFC, situando-a como a maior e mais eficiente universidade brasileira!”!

AVANTE UFC!!!