quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Cid Gomes: “Para a eleição municipal, vamos sentar com todas as forças de esquerda e centro e o PT segue conosco. Não tem conversa com a turma do Bolsonaro.”



O senador Cid Gomes, o mais votado na história do Ceará, está fechando o primeiro ano do seu mandato. Ele encerra 2019 entre os dez mais influentes do Senado e os 20 do Congresso Nacional no quesito liderança nacional. Parece muito, mas é o resultado da atuação nos bastidores, onde articulou um grupo denominado nova esquerda, além das boas relatorias como a do projeto da divisão dos recursos do Pré-Sal entre União, estados e municípios. 

O ano chega ao fim e Cid Gomes tem uma pauta na qual é especialista: montar o quebra-cabeça de olhar para o mapa político do Ceará e determinar a geografia política entre milhares de aliados. “Vamos sentar com todos os partidos do campo da esquerda e do centro. Só não sentamos com o grupo do Bolsonaro”, informou. 

O senador cearense deixa claro que segue na oposição ao Governo Federal: "O nosso projeto é mostrar ao Brasil que o Ciro é a pessoa que pode unir e mudar o Brasil. Sou suspeito por ser irmão, mas conheço sua capacidade e propósitos”, declarou. 

Cid Gomes abre um sorriso largo, quando se fala da movimentação de campanha.“É o grande momento, encontrar as pessoas nas ruas, nos comícios, caminhadas, passeios ciclísticos, adesivações, eventos com militância”, conta. Ele diz que, ainda criança, participava das campanhas do pai, o ex-prefeito de Sobral, José Euclides, e, já jovem do irmão Ciro.

Sobre a escolha dos candidatos para a disputa nos municípios, o senador é pragmático, ao olha para as potencialidade e experiências dos líderes políticos. “Cada município tem suas características, devemos respeitar e ouvir companheiros de todos os partidos, assegurando a busca por um consenso”, explicou. 

Quanto às reeleições de prefeitos, Cid Gomes foi muito franco: “Eles terão a aquiescência e não assegurada automaticamente a candidatura. É preciso avaliar, ver pesquisas e o potencial para o momento”, informou. 

Maior aliado do PDT no Ceará, o PT está nos planos. “Não descartamos o PT, nem mesmo em Fortaleza” disse Cid, padrinho político do governador petista Camilo Santana, de quem é amigo e defensor. “Fica claro aqui, PT, PSB, PC do B, Rede e toda esquerda são prioridade, como também os partidos de centro que estão conosco há anos”, pontuou.