O deputado federal Leônidas Cristino questionou nesta quarta-feira (6) o projeto do governo de privatização da Eletrobrás, em discurso na Câmara. “É um crime de lesa-pátria. É um golpe na soberania nacional”, afirmou.
O parlamentar cearense considerou que abrir mão do controle da empresa seria entregar um bem que é estratégico para o desenvolvimento do país. Segundo ele, a governo espera receber R$ 16,2 bilhões com a privatização da Eletrobrás. Todavia, a União já investiu R$ 380 bilhões no setor elétrico, ao longo da história, ele compara.
“É irrisório este preço pela entrega da maior empresa de geração e transmissão de energia do país. O governo vai entregar por R$ 16,2 milhões?“ - ele indaga.
Leônidas Cristino afirma que esta conta não cabe, com honestidade, na cabeça de nenhum brasileiro que dá valor ao seu país. O deputado acrescenta que é um crime contra a soberania também porque implica na entrega do regime de águas para o controle de empresa estatal ou privada de outro país.
“Não é admissível a entrega para empresa estrangeira ou nacional do controle da liberação de águas no projeto de transposição do rio São Francisco. Do mesmo modo em outras bacias hidrográficas existentes no país”, afirma Leônidas Cristino.
O deputado informa que estudos da Aneel indicam que a privatização do sistema elétrico terá para o consumidor impacto imediato de 2% a 6% na conta de energia elétrica. “O Brasil não pode aceitar o aviltamento da sua soberania a troco de uma política entreguista que não se sabe a serviço de que está” conclui Leônidas Cristino.